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Guarda Compartilhada: Como Funciona em 2025 - Guia Completo e Atualizado

A guarda compartilhada é hoje a regra no direito brasileiro, mas você sabe realmente como funciona na prática? Se você está passando por uma separação ou divórcio e tem filhos, entender os detalhes desse instituto é fundamental para garantir o melhor interesse das crianças e evitar conflitos desnecessários.


Neste artigo, vamos explicar de forma clara e objetiva tudo sobre guarda compartilhada: o que é, como funciona, quais as obrigações de cada genitor, e as principais mudanças que você precisa conhecer em 2025.



O Que É Guarda Compartilhada?


A guarda compartilhada é o modelo em que ambos os pais mantêm a responsabilidade conjunta sobre as decisões importantes na vida dos filhos após a separação. Isso significa que questões como educação, saúde, mudança de escola, autorização para viagens e outras decisões relevantes devem ser tomadas em conjunto.


É importante esclarecer: guarda compartilhada não significa necessariamente que a criança passará metade do tempo com cada genitor. O que se compartilha são as decisões, não necessariamente o tempo de convivência.



Diferença Entre Guarda Compartilhada e Alternada


Muitas pessoas confundem esses conceitos:


  • Guarda Compartilhada: Os pais dividem as decisões, mas a criança normalmente tem uma residência principal e convive com o outro genitor.


  • Guarda Alternada: A criança alterna períodos fixos morando com cada genitor, e nesse período de moradia, as decisões competem ao genitor que estiver com ela, de forma exclusiva. Esse modelo não tem previsão legal e não costuma ser comum no Brasil.



Como Funciona a Guarda Compartilhada na Prática

 

Na guarda compartilhada, geralmente se prevê:

 

Lar de Referência

A criança mantém uma residência principal (lar de referência), normalmente com o genitor que já exercia os cuidados diários antes da separação ou que tem melhores condições práticas (proximidade da escola, rede de apoio, etc.). Em alguns casos, a depender da configuração familiar e do melhor interesse da criança, é possível que ela tenha como lar de referência o endereço de ambos os pais.

 

Convivência com o Outro Genitor

O genitor que não detém o lar de referência tem direito à convivência regular, geralmente incluindo, mas não se limitando a: a) finais de semana alternados; b) um ou dois dias durante a semana; c) metade das férias escolares; d) datas comemorativas alternadas.

 

Decisões Conjuntas

Ambos os pais participam de decisões sobre: a) escolha ou mudança de escola; b) tratamentos médicos; c) atividades extracurriculares; d) viagens internacionais; e) questões religiosas

 

Pensão Alimentícia

Mesmo na guarda compartilhada, geralmente há fixação de pensão alimentícia. O genitor que não detém o lar de referência contribui financeiramente para as despesas da criança, proporcionalmente à sua capacidade econômica.


 

Quando a Guarda Compartilhada É Obrigatória?

 

A guarda compartilhada tornou-se a regra no Brasil. Ela deve ser aplicada sempre que ambos os genitores estiverem aptos a exercer o poder familiar, mesmo quando não há acordo entre eles.



 

Direitos e Deveres na Guarda Compartilhada

 

  • São Direitos de Ambos os Genitores: a) participar das decisões importantes sobre a vida de seus filhos; b) ter acesso a informações escolares e médicas dos filhos; c) conviver regularmente com os filhos; d) ser consultado sobre mudanças significativas na vida dos filhos.

 

  • São Deveres de Ambos os Genitores: a) contribuir financeiramente conforme suas possibilidades; b) facilitar a convivência do filho com o outro genitor; c) comunicar mudanças importantes; d) Respeitar os acordos estabelecidos.

 


O Que Mudou na Guarda Compartilhada em 2025?

 

Embora a legislação principal permaneça a mesma, a jurisprudência tem evoluído em alguns aspectos importantes, como:


Flexibilização da Convivência

Os tribunais têm sido mais flexíveis quanto aos modelos de convivência, permitindo arranjos mais equilibrados quando os pais demonstram maturidade e cooperação.

 

Uso de Tecnologia

A comunicação virtual (videochamadas) tem sido reconhecida como forma complementar de convivência, especialmente em casos de distância geográfica.

 

Mediação Familiar

Há um incentivo crescente para resolução de conflitos através de mediação antes de judicializar questões de guarda.

 

Alienação Parental

Os tribunais estão mais atentos a práticas de alienação parental, com aplicação mais rigorosa da Lei 12.318/2010.

 


Perguntas Frequentes sobre Guarda Compartilhada

 

Posso mudar de cidade com meu filho na guarda compartilhada?

Mudanças de domicílio que afetem a convivência com o outro genitor devem ser comunicadas e, preferencialmente, acordadas. Em caso de discordância, será necessária autorização judicial.

 

Como fica a pensão alimentícia na guarda compartilhada?

A pensão alimentícia continua sendo devida, calculada com base na necessidade da criança e na possibilidade de cada genitor. O fato de a guarda ser compartilhada não elimina a obrigação alimentar.

 

E se os pais não se entendem?

A falta de consenso não impede a guarda compartilhada. O importante é a capacidade de separar os conflitos do casal das necessidades dos filhos. Em casos extremos, pode-se recorrer à mediação ou ao judiciário.

 

A criança pode escolher com quem quer morar?

A opinião da criança pode ser considerada, especialmente após os 12 anos, mas não é a única situação determinante. O juiz avaliará o melhor interesse da criança como um todo.

 


Como Regularizar a Guarda Compartilhada

 

A guarda compartilhada pode ser estabelecida:

 

Por Acordo: Quando há consenso, os pais podem formalizar os termos da guarda e convivência com o filho. Esses termos deverão ser levados ao Poder Judiciário para que possam ser analisados e homologados pelo juiz. É necessária a assistência de advogado.

 

Judicialmente: Quando não há acordo, a guarda será definida pelo juiz, que priorizará o modelo compartilhado.

 


Documentos Geralmente Necessários:


  • Documentos pessoais dos genitores

  • Certidão de nascimento dos filhos

  • Comprovante de residência

  • Comprovante de renda

  • Acordo de convivência (se houver consenso)

  • Frequência escolar

 


Dicas Práticas para o Sucesso da Guarda Compartilhada

 

  • Comunicação Respeitosa: Mantenha o diálogo focado nos filhos, evitando discussões sobre a relação conjugal;


  • Flexibilidade: Esteja aberto a ajustes conforme as necessidades das crianças mudam;


  • Documentação: Registre acordos e combinados por escrito;


  • Rotina Estável: Mantenha consistência nas regras e rotinas em ambas as casas;


  • Respeito ao Outro Genitor: Evite comentários negativos sobre o ex-parceiro na frente dos filhos;

 


Quando Buscar Orientação Jurídica

 

É recomendável procurar um advogado especializado em direito de família quando:


  • Houver interesse em levar um acordo de guarda e convivência para homologação judicial;


  • Houver discordância sobre os termos da guarda;


  • Surgirem questões sobre mudança de cidade, estado ou país;


  • O outro genitor não estiver cumprindo os acordos;


  • Existirem sinais de alienação parental;


  • Houver necessidade de revisar a guarda ou convivência.

 


Conclusão

 

A guarda compartilhada, quando bem implementada, é o modelo que melhor atende aos interesses das crianças, permitindo que mantenham vínculos saudáveis com ambos os genitores após a separação. O sucesso desse arranjo depende menos da lei e mais da maturidade e comprometimento dos pais em priorizar o bem-estar dos filhos.


Lembre-se: cada família é única, e o modelo de guarda deve ser adaptado às necessidades específicas de cada situação. O importante é sempre buscar o melhor interesse da criança, com diálogo, respeito e, quando necessário, orientação profissional adequada.

 

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